INTRODUÇÃO
O Parnasianismo é a manifestação poética da época do Realismo, embora ideologicamente, se distancie dos realistas e naturalistas. Como estética, resistiu ao tempo, chegando a conviver com movimentos do século XX.
Parnasianismo é oriundo do vocábulo parnaso: região da Grécia Antiga onde os poetas louvavam o deus Apolo, deus greco-romano da poesia e da arte.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
Ø Arte pela arte;
Ø Preocupa-se com a forma (rima, métrica e versificação);
Ø Preferências por sonetos;
Ø Descritivismo e preciosismo vocabular;
Ø Objetividade e impessoalidade do poeta;
Ø Negação da poesia romântica e dos versos livres e brancos;
Ø Poesia sensual;
Ø Apego à tradição clássica.
PRINCIPAIS AUTORES
Olavo Bilac à direita, Raimundo Correia no centro e Alberto de Oliveira à esquerda, juntos formavam a “tríade parnasiana”. |
Olavo Bilac (1865-1918): “Príncipe Dos Poetas”. Foi o mais popular dos poetas.
Profissão de fé (...) Invejo o ourives quando escrevo: Imito o amor Com que ele, em ouro, o alto relevo Faz de uma flor. (...) Quero que a estrofe cristalina, Dobrada ao jeito Do ourives, saia da oficina Sem um defeito (...) Assim procedo. Minha pena Segue esta norma, Por te servir, Deusa serena, Serena Forma! (...) Celebrarei o teu oficio No altar: porém, Se inda é pequeno o sacrifício, Morra eu também! (...) Caia eu também, sem esperança, Porém tranqüilo, Inda, ao cair, vibrando a lança, Em prol do Estilo! |
Alberto de Oliveira(1857-1937): O poeta mais ligado aos padrões do movimento parnasiano.
Vaso Grego Esta, de áureos relevos, trabalhada Já de os deuses servir como cansada, Vinda do Olimpo, a um novo deus servia. Era o poeta de Teos que a suspendia Então e, ora repleta ora esvaziada, A taça amiga aos dedos seus tinia Toda de roxas pétalas colmada. Toca-a, e, do ouvido aproximando-a, às bordas Finas há de lhe ouvir, canora e doce, Ignota voz, qual se de antiga lira Fosse a encantada música das cordas, Qual se essa a voz de Anacreonte fosse. |
Raimundo Correia(1859-1911): Poesia com marcas românticas e simbolistas.
As Pombas Vai-se a primeira pomba despertada... De pombas vão-se dos pombais, apenas Raia sangüínea e fresca a madrugada... E à tarde, quando a rígida nortada Sopra, aos pombais de novo elas, serenas, Ruflando as asas, sacudindo as penas, Voltam todas em bando e em revoada... Também dos corações onde abotoam, Os sonhos, um por um, céleres voam, Como voam as pombas dos pombais; No Azul da adolescência as asas soltam, Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam, E eles aos corações não voltam mais... |
REFERÊNCIAS:
AMARAL, Emília, ANTÔNIO, Severino, FERREIRA, Mauro, LEITE, Ricardo &. Novas palavras: língua portuguesa: ensino médio. 2 ed. renov. São Paulo: FTD, 2005.
CAMPEDELLI, Samira Yousseff, SOUZA, Jésus Barbosa. Português- Literatura, Produção de Textos & Gramática- 3.ed. São Paulo: Saraiva, 2002.
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